13 Perguntas Para Descobrir O Que Fazer da Vida

Você está tendo a vida que gostaria?

A chance é grande que a resposta seja não.

E não porque sua vida esteja de fato ruim. Mas muitas vezes você nem sabe direito o que deseja. Ao mesmo tempo, certamente você tem muitos desejos.

Mas será que esses desejos são realmente seus mesmos ou foram de certa forma implantados pelo meio externo?

Tá, é verdade, é impossível nunca ter influência do meio externo em algum grau.

Mas a maior parte das pessoas busca coisas que a sociedade disse pra elas que elas deveriam buscar para serem consideradas felizes e/ou bem-sucedidas.

É aquela velha história de ter aquela carreira que tem um certo glamour, conquistar bastante dinheiro, viajar para lugares lindos e populares, ter fama, ter o marido ou a esposa perfeita, morar numa casa grande e linda, ter filhos e construir uma família, e, enfim ser muito feliz e até causar inveja nos coleguinhas.

Certo. Aí você acordou e viu que essa vida não existe. 

E mesmo que você conquiste alguma dessas coisas, ela pode não te gerar a felicidade que você imaginava tanto que traria. Não porque elas estão erradas. Mas sim porque talvez não tenham um verdadeiro significado pra você.

E mesmo você entendendo que a vida não é como a mídia e as propagandas de margarina pintam, inconscientemente, é bem provável que você ainda esteja preso a esses desejos sem nem perceber.

E por isso, talvez você esteja constantemente se sentindo frustrado e sem saber o que fazer da vida, mas pode nem ter identificado ainda essa frustração.

Curiosamente, muitas vezes fazemos inúmeras coisas na vida para mascarar esses desconfortos internos, como fumar, ingerir bebida alcoólica, usar outras drogas, praticar sexo compulsivo, gastar rios de dinheiro em objetos, entre várias outras coisas.

Então, olhar para dentro e desenvolver o autoconhecimento é sempre o melhor caminho para uma vida mais plena.

E por que é importante sabermos o que queremos fazer na vida?

Simples. Porque isso nos dá algum propósito, nos gera mais prazer na vida, nos coloca em estado de presença e até estado de flow e faz nossos olhos brilharem. E quando estamos assim, além de ser muito gostoso e sentir que a vida vale a pena, ainda queremos contribuir com o mundo, queremos que outras pessoas tenham uma vida bacana também.

Pois é, isso tudo além de dar significado para nossa vida e nos gerar prazer, ainda nos torna mais compassivos. Ou seja, até outros seres se beneficiam quando estamos bem com nós mesmos.

Aqui vão algumas perguntas que podem te ajudar a se conhecer melhor, se conectar mais com você mesmo, e te ajudar a descobrir o que você quer fazer com a sua vida.

Pergunta nº1 – Quais são as coisas pelas quais você é mais apaixonado?

Todos nós somos ou já fomos apaixonados por alguma coisa. Olhe para toda sua vida até aqui e encontre aquelas coisas que mais fazem ou fizeram seus olhos brilharem.

É claro que é possível termos gostado muito de algo no passado e hoje já não mais. Isso é totalmente normal. Mas se está difícil encontrar algo ao olhar para a sua vida atual ou um passado recente, talvez você tenha informações bem valiosas no seu passado mais distante.

Esportes, música, dança, escrever, ler, contar histórias, filmar, fotografar, cantar, ajudar pessoas, ajudar animais, estudar alguma coisa, fazer artesanato… Revire sua história, certamente você vai encontrar algo.

Pergunta nº2 – Quais são seus valores pessoais?

Aqui você vai identificar o que guia sua vida. E talvez você descubra que nunca parou para definir quais são seus valores. Definir isso é muito importante, pois seus valores é que te guiarão em tudo que você fizer. E se você não tem valores bem definidos, você não tem um rumo bem definido também e qualquer coisa pode te balançar.

Se ainda não fez isso, faça. E se um dia alguém te perguntar quais são seus valores, você precisa saber responder isso em apenas um minuto. Isso significa que você estará com eles constantemente na sua mente te guiando.

Pergunta nº3 – Quais são suas maiores realizações na vida até agora?

Provavelmente você já fez algo bacana na vida de te encheu de orgulho. Não importa se recentemente ou mesmo quando criança ou adolescente. Pode ter sido um trabalho de escola, um campeonato que participou, uma maquete que criou, uma prova do Kumon, uma palestra que deu ou mesmo uma dança que todo mundo ficou te admirando.

Tente lembrar de coisas que te fizeram sentir orgulhoso. Tente lembrar da sensação que foi sentir tudo aquilo. Que tal você tentar replicar isso? Se não com a mesma atividade, com outra. Tente trazer essas sensações de novo pra sua vida.

Pergunta nº4 – Quais são seus objetivos na vida?

Para ter uma vida plena e feliz, que realmente te preencha, você precisa ter objetivos. E os objetivos podem ser divididos em várias áreas, como objetivos na carreira, na saúde, nas finanças, na família, entre outros.

Podemos dividir nossa vida em seis pilares: saúde física, saúde mental e emocional, vida social, espiritual, finanças e profissional.

Crie objetivos para cada uma dessas áreas. Conforme vai atingindo esses objetivos, você vai sentindo que sua vida está melhorando e fazendo mais sentido. 

Pergunta nº5 – Quais são suas necessidades?

Saber nossas necessidades também é extremamente importante. E nem sempre nossos objetivos estão alinhados com nossas necessidades. Há momentos que queremos algo, mas o que de fato precisamos é totalmente diferente.

E isso nem sempre tem a ver com questões materiais. Analise tudo. Suas necessidades emocionais, financeiras, profissionais, espirituais… tudo.

Pergunta nº6 – Quais atividades te colocam em estado de flow?

Caso você ainda não saiba, estado de flow é aquele estado que você está tão imerso na atividade que parece que o mundo deixou de existir. Muitas vezes você até mesmo esquece de comer. Poderíamos falar estado de fluxo, mas ficou conhecido como estado de flow mesmo. É aquela sensação gostosa e fluída. E isso pode acontecer trabalhando, praticando esporte, tocando algum instrumento, dando aula, lendo, estudando, jogando videogame, o que for.

Observe tudo que te deixa ou já te deixou em estado de flow. Certamente significa algo pra você.

Pergunta nº7 – O que você não gosta de fazer ou não quer fazer?

Para descobrir seu propósito ou o que deseja fazer com sua vida, também é importante saber o que não gosta ou não quer fazer. Dessa forma você consegue escolher caminhos que levam a outra direção, mesmo que você ainda não saiba exatamente qual direção é essa.

Por exemplo, se você já sabe que não quer trabalhar em um escritório e em traje social todos os dias, então você vai procurar uma carreira que seja diferente disso. Se já sabe que não gosta de calor, vai evitar morar em regiões quentes, por exemplo.

O ponto é: detectou o que não gosta ou não quer? Então agora é agir para buscar outras opções.

Pergunta nº8 – Quais são seus maiores medos?

Todos nós temos medos. E medos são importantes. Eles nos protegem em muitas situações e nos permitiram evoluir ao longo da jornada da humanidade até aqui. Mas medos também podem nos travar. Principalmente se são medos irreais.

Conhecer nossos medos também nos permite evoluir e escolher em quais direções queremos seguir.

Por exemplo: se você detecta que tem medo de falar em público, mesmo que para um grupo de 5 a 10 pessoas, você pode até querer fugir desse medo e criar uma vida sem passar por isso. Mas talvez fosse bem melhor você buscar soluções para superar esse medo, pois não é um medo que de fato colocaria sua vida em risco, e com certeza te prejudicaria em muitas situações.

Então, identificar seus medos vai te ajudar a desenvolver mais autoconhecimento, além de desenvolver coragem e resiliência. E tudo isso te ajudará a fazer melhores escolhas e ter melhores atitudes na vida.

Pergunta nº9 – Como você salvaria o mundo?

Sim, eu sei que essa pergunta parece bizarra e que ninguém tem condições de salvar o mundo sozinho. Mas refletir sobre essa pergunta te ajudará a identificar pontos que você gostaria de contribuir com o mundo, além de identificar também suas habilidades e as áreas que você mais tem vontade em se engajar.

Portanto, não se trata em inflar o ego e tentar ser o rei do mundo, mas sim em se autoconhecer e ver como você pode contribuir.

Pergunta nº10 – Se você soubesse que tem apenas mais um ano de vida, o que você gostaria de fazer e como você gostaria de ser lembrado?

Essa pergunta pode doer bastante, mas ela também é muito valiosa. Quando temos um tempo limitado, queremos aproveitar ao máximo. Queremos fazer as coisas que mais tem significado para gente e estar com as pessoas mais importantes para gente.

Pensar nessa pergunta te forçará a ser bem seletivo.

E pensar na nossa morte também nos faz pensar no que estamos deixando.

Como você será lembrado? E como você gostaria de ser lembrado? Será que as pessoas vão se lembrar e falar de você como você gostaria de ser lembrado?

Refletir sobre isso nos dá um choque de realidade, porque na maioria das vezes a resposta é NÃO. Mas isso é bom, porque agora você pode entrar em ação e fazer o que gostaria de fazer. Mesmo que as pessoas não lembrem de você como você gostaria, você está mais tranquilo sabendo que você fez e deixou o que você realmente queria ter feito e deixado, agora é responsabilidade dos outros.

Pergunta nº11 – Do que você está disposto a abrir mão para alcançar a vida que você deseja?

A todo momento nós estamos abrindo mão de algo. Aquela pessoa que quer passar numa excelente faculdade pública e sabe que precisa estudar muito até nos finais de semana, decide abrir mão de vários rolês com os amigos. E ela se sente bem com isso, porque ela tomou uma decisão por um determinado período, e depois ela colherá os frutos.

A vida é o tempo todo assim, sempre estamos abrindo mão de algo. Então para ter a vida que você deseja, certamente você terá que pagar um preço e abrir mão de alguma outra coisa que você gosta também. Mas talvez não goste tanto ou não seja tão importante assim quanto ter a vida que você deseja. Escolhas… são elas que definem nossa vida.

Então analisa o que será necessário abrir mão para conquistar a vida que você deseja.

E não me refiro aqui só a questões materiais, que é o que muitos costumam pensar. Várias outras questões na vida também fazem parte. Dificilmente você terá um bom relacionamento, por exemplo, se você quiser continuar vivendo como se fosse solteiro.

Pergunta nº12 – Quem são as pessoas que você mais admira no mundo? Ou mesmo de quem você tem inveja?

Quando alguém te pergunta quem você gostaria de ser, quais pessoas te vêm à mente?

Se você admira alguém, certamente já são sinais de algum caminho que você gostaria de seguir. Talvez uma característica da pessoa te atraia, e não toda a vida da pessoa. Mesmo assim, já é um sinal. Afinal, ninguém é perfeito, e olhando de perto, nunca nos identificamos 100% com alguém. Então busque sinais, características.

Um músico? Um empreendedor? Um líder espiritual? Sua mãe ou seu pai?

Além disso, olhe também para os sentimentos ditos como negativos. A inveja pode te dar bons sinais também. Negar que brotou um momentâneo pingo de inveja é muito pior. De repente um amigo conquistou um emprego que parece maravilhoso e aquilo te incomodou. Não que você queira que seu amigo se dê mal, mas às vezes aí está um sinal de algum caminho que você também pode seguir.

Pergunta nº13 – Se sua vida não tivesse nenhum limite, o que você escolheria ter e o que escolheria fazer?

Faça um exercício. Imagine que você não precise mais se preocupar com dinheiro. Você é um bilionário, nem precisa mais trabalhar. Pode escolher no que colocar seu tempo e sua energia.

O que você gostaria de fazer no seu dia a dia?

Com quem gostaria de passar seu tempo?

O que gostaria de aprender?

Quais hobbies gostaria de ter?

Para onde gostaria de viajar e por quanto tempo gostaria de viajar? Gostaria de viajar de motorhome e conhecer várias cidades e países, por exemplo?

Quem ou qual causa você gostaria de ajudar?

A verdade é que a vida nos oferece infinitas possibilidades, mas quando nos colocamos limites, deixamos de sonhar, e isso faz com que aceitemos qualquer coisa que aparece.

Ouse sonhar, pois sem sonhos não há movimento, não há alegria.